quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

PUNK IS DEAD

Não é tragédia, nem profecia. Admitir que o punk está morto significa reafirmar o seu valor político e filosófico. Quando pensamos no anarco-punk, ideologia fortemente influenciada por Nietzsche, Stirner, Hakim Bey, percebemos que essa base teórica ataca diretamente o dogmatismo, a verdade e a 'coisa em si'. A morte do punk é a sua grande contribuição para a geração do século XXI. Manter viva a idéia e o movimento, representaria uma nostalgia teimosa. Prefiro acompanhar a geração que pertenço olhando para frente, sem os vícios do passado, além de qualquer preguiça intelectual. Não existe vida após a morte. Essa é uma convicção necessária para aqueles que buscam transvalorar a moralidade e os conceitos vigentes, assim, terão coragem suficiente para gritar aos quatro cantos o quanto é excitante existir, matar e morrer, jamais ressuscitar, sempre amar a diversidade e a liberdade criadora.

Salvador Dalí - O Grande Masturbador (Óleo sobre tela, 1929)