quinta-feira, 3 de abril de 2008

O começo de Rafael Murrow, parte I


A visão de mundo

"Viver é continuamente afastar de si algo que quer morrer, viver é ser cruel e implacável com tudo o que em nós se torna fraco e velho. Viver é também não ter piedade com os moribundos, miseráveis e idosos? Ser continuamente assassino? No entanto, o velho Moisés declarou: Não matarás!" - Nietzsche


Não é fácil acordar todos os dias com fome e abrir a geladeira e ter o que comer, fumar um cigarro caro, engolindo os problemas com esse whisky de granfino e sair de casa para caminhar e ver aqueles miseráveis pedindo dinheiro pra comprar e consumir a droga mais podre que conseguirem, depois de terem ruminado o lixo que todos nós não queremos mais e cagamos por aí. Quem sou eu? Eu sou a personificação do inconformado que “vive” num misto de melancolia e fúria por ver além das aparências, um mundo que poucos gozam e muitos apodrecem com suas mãos sujas de queixo velho se masturbando com seus pênis confortáveis, talvez seus únicos segundos de liberdade e otimismo. Anseio por uma sociedade radicalmente diferente e usarei de todas as armas, sejam elas punhos, balas ou idéias que a meu ver não resolvem muitas coisas, o bom mesmo é bater e depois perguntar, é assim que eu trato aqueles fascistas imundos ou qualquer homofóbico hipócrita que sente o rabo coçar todo dia e se diz hétero, coitados. A minha arte é lutar, como e quando? Só o meu senhor e destino dirão, poucas coisas cabem a mim escolher. A maioria dos bípedes não gosta muito de mim, eles não me conhecem, melhor assim, eu não gostaria que a plebe conhecesse a minha essência por inteiro, prefiro ser confidente apenas com meus escolhidos, sou bem seletivo. O mundo se divide entre os idiotas e os invejosos: Os idiotas passarão a gostar de mim daqui cinco ou seis anos, os invejosos jamais.

A visão sobre o Amor
“O futuro pertence ainda mais aos corações do que aos espíritos. Amar, é a única coisa que pode ocupar a eternidade. Ao infinito é necessário o inesgotável.”

- Vitor Hugo


Geralmente sou vítima de preconceitos pelo meu porte físico e agressividades demasiadas, acham que não amo, que não sofro dia e noite pela falta dela, quem é ela talvez alguém pergunte-me. Ela já veio, já foi e quem sabe aparecerá no meio de uma rua qualquer chamando-me por um apelido ridículo que apenas os amantes entendem e suportam com louvor. Ser quem eu sou significa ter coragem de admitir o que ou quem Ama e brigar até as últimas conseqüências pelas próprias causas e verdades. Eu vivo da verdade, da minha verdade, foda-se o resto, quem não gostar vai ter que enfrentar alguém que está sempre transbordando de emoção e utopias, isso faz de mim um guerreiro e todo guerreiro anseia por Amor e guerras, paz é para os fracos de espírito, os conformistas que tem medo de amar, de lutar. O Amor é uma síntese composta pelo irracional e esperança, é este sentimento que faz-me levantar o traseiro todo dia e ter cara de pau de dar bom dia para esse bando de escrotos que encontro por essas ruas da vida, malditos zumbis dançando uma música medonha nesse teatro de marionetes controladas pelo nosso bom “Rei”, pelo nosso bom Papa. Sempre achei que se eu tivesse o que amar eu estaria a salvo, o vazio que a falta de desejo, a ausência do ser-amado provoca é um estado de desespero angustiante que eu sei que corro um grave risco de experimentar, eu preciso Amar alguma coisa ou tenho a sensação que estou mergulhando numa piscina sem água com o solo cheio de espinhos mais venenosos que lágrimas de dragão.

Clã BRUJAH!

continua...

2 comentários:

Ani Cristina Bariquello disse...

Comentário fútil:

Eu pegaria esse tal de Murrow, pegaria muito.

;)

Anônimo disse...
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