quinta-feira, 13 de março de 2008

Nessa quarta-feira.

Eu estou desenvolvendo uma rotina que tem-me feito muito bem. Um dos motivos é que ela foi escolhida por mim e tenho a opção de fazer algumas alterações quando achar necessário. De manhã eu acordo cedo e vou para a biblioteca da universidade e fico todos os dias na mesma mesa lendo livros variados que vão desde romances a filosofia. Chego em casa perto do meio dia com muita fome porque não tenho o costume de me alimentar bem logo quando acordo, geralmente uma banana, iogurte ou biscoitos. Depois do almoço eu durmo um sono de 40 minutos e vou para a academia e no retorno para casa eu estou contente e cansado porque levo a sério os treinos e me sinto bem com a dor e todo tip de resultado que ele me causa. Chego em casa perto das 16:00 fico 'na net' conversando com meus amigos até o horário da aula. Nessa quarta-feira eu passei na locadora na volta da academia porque pensei que poderia arrumar mais um cartaz irado para colocar no meu quarto ou alugar um filme lançamento de algum diretor favorito. Uma mocinha muito simpática me atendeu e foi gentil anotando os meus pedidos: Um cartaz e a reserva de três filmes que não estavam disponíveis: Piaf, Boogeyman II e outro que agora não lembro. Ela disse que ia me ligar se os filmes chegassem e eu aluguei "Leaving Las Vegas" do Mike Figgis. Caminhando até em casa tive uma sensação estranha. Não senti por aquela garota algo erótico e carnal, tampouco algum tipo de sentimentalismo instantâneo; Mas... subitamente tive vontade de fazer algo legal para essa menina. Cheguei em casa e escolhi dois filmes que eu possuo para lhe emprestar (Hachi-gatsu no kyôshikyoku e Le Déclin de l'Empire Américain), também um livro do Neil Gaiman (caçadores de sonhos). Coloquei tudo num envelope amarelo com o meu nome e deixei um recado -- Olá, espero que não tenha visto esses filmes ainda e que goste deles e se divirta com o livro. Assinei e fui até a locadora entregar. Ela estava no horário de lanche e deixei o envelope com um colega de trabalho que me olhou de forma malíciosa e preconeituosa como se "soubesse" as minhas intenções.

Eu quis fazer algo diferente para ela continuar sorrindo como sorriu para mim e que ela percebesse que existem pessoas que ainda se importam umas com as outras e que podem fazer boas ações sem malicia, sem nenhum tipo de pragmatismo peniano.

Acredito que nesse mundo há outros como eu. A aninha é um exemplo na minha vida de pessoa maravilhosa que sempre que tem oportunidade faz coisas fantásticas deixando-me contente e cheio de esperança. Eu posso passar isso adiante, eu quero.

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